Foto:Waldemir Barreto |
Empresário gigante do agronegócio, Blairo lembra que, em outros momentos, já havia manifestado interesse em aderir a legenda peemedebista, mas, por uma série de razões, acabou tomando outro rumo partidário. Começou no extinto PPB (hoje PP), ainda como suplente de senador; depois foi para o PPS, em cuja legenda conquistou dois mandatos de governador; e está hoje na legenda republicana.
"Sempre quis fazer mudança e, a partir dessa liberdade (da decisão do STF, que impede que um partido reivindique para si o mandato de políticos que trocarem de legenda enquanto ocupam esses cargos), vou debater esse assunto", diz Blairo.
Ele destaca ainda que pretende aderir a um partido grande, com boa inserção nacional e que não tenha dono, como é o caso do PR hoje. "Quero fazer política em um partido mais orgânico para a gente poder receber apoio dos projetos".
Perguntado sobre qual seria esse partido, Blairo Maggi respondeu: "Tenho preferência pelo PMDB". Revelou que tem conversado sobre essa possibilidade com o vice-presidente da República Michel Temer e com outros membros da cúpula peemedebista. Ontem, por exemplo, esteve reunido com Temer por um bom tempo.
O senador disse que, em âmbito regional, tem mantido diálogo com o presidente, deputado Carlos Bezerra, que não demonstra qualquer resistência em tê-lo como filiado. Blairo lembra que ainda na época de estudante, militou no antigo MDB. E, quando foi para concorrer a cargo eletivo, como suplente ao Senado de Jonas Pinheiro, optou pelo PPB a pedido do próprio ex-senador. Depois foi para o PPS, quando teve oportunidade de estrear no Senado por alguns meses. Quando estava avaliando de novo uma possível filiação no PMDB, Blairo conta que o então presidente Lula o orientou a aderir ao PR, o que foi feito.
Efeito
A legenda republicana deve sofrer esvaziamento com a saída de Blairo. O partido hoje possui a maior bancada na Assembleia, com cinco deputados (Emanuel Pinheiro, Sebastião Rezende, Nininho, Wagner Ramos e Mauro Savi), dois senadores (Blairo e Wellington Fagundes) e não tem assento na Câmara Federal entre os representantes da bancada mato-grossense. No Estado conta com 13 prefeitos, 18 vice e cerca de 120 vereadores.
Fonte: Romilson Dourado /RD News
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