Para Siqueira, entre os fatores principais que levaram a pausa no processo de fusão e que, segundo ele, impacta de forma decisiva a agenda, está relacionado a uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na qual fica estabelecido que a fusão não cria um novo partido.
Nos bastidores, no entanto, a informação é de que desde o início deste mês alguns membros de ambas as siglas já sabiam que esta união havia naufragado. Ocorre que internamente o diretório do PSB em Pernambuco avaliou que com a fusão poderia perder força, ainda mais após o falecimento do então governador Eduardo Campos.
Conforme o presidente do PSB, as vantagens da fusão são incertas, mas lembra que a principal seria o crescimento da bancada. “Este aspecto, evidentemente, é relevante e não poderia ser desconsiderado pela direção partidária”, diz.
Outro fato apontado por Siqueira é o andamento da reforma política no Congresso Nacional, na qual o fim das coligações proporcionais, que era dado por certo, não se viabilizou. Desse modo, ele não descarta que ambos partidos possam unir esforços pensando nas próximas eleições. “Podemos amadurecer a ideia de fusão em 2017”, ressalta.
Presidente nacional do PSB Carlos Siqueira diz que processo de fusão ainda pode ocorrer em 2017 |
Por
fim, o socialista alega que o prazo para realizar a fusão, previsto
para o próximo dia 20, é pequeno para permitir a organização dos
partidos em nível estadual. “Como o cenário criado pela reversão da tese
de fim das coligações proporcionais nos faculta outro horizonte de
tempo, não haveria porque incorrer em tensões desnecessárias no âmbito
estadual”, explica.
Na
Câmara Federal, inclusive, o número de parlamentares subiria de 34 para
45. A quantidade de senadores saltaria para sete, além de 92 deputados
estaduais, quatro governadores, 588 prefeitos e 5.831 vereadores, bem
como os 792 mil filiados em âmbito nacional.
Esta
não é a primeira fusão que é suspensa em Mato Grosso. No final de maio,
DEM e PTB desistiram de se unir. A alegação dos dirigentes de ambos os
partidos é que não houve consenso interno em torno da divisão do comando
da legenda.
Fonte: Gabriele Schimanoski/RD News
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