Foto: Davi Valle/RD News |
O vereador Toninho de Souza (PSD) saiu em defesa da indicação do ex-deputado estadual e empresário Roberto Dorner (PSD) para o comando da sigla. Para Toninho, o PSD hoje é um partido sem comando, cenário que, segundo ele, precisa mudar para que possam concorrer as eleições municipais.
“Infelizmente isso é o retrato do PSD. Um partido sem referência. Mas precisa mudar para que tenhamos condições de disputar as próximas eleições. Ao invés de questionarmos a indicação do Dorner, a pergunta que fica é quem se dispõe a pegar o PSD? O Dorner foi o primeiro que se apresentou com disposição a comanda o PSD”, ressalta.
O PSD é o partido com maior representatividade no comando das prefeituras mato-grossenses, administra 39. No entanto, passa por uma instabilidade política após a principal liderança no Estado, o ex-presidente da Assembleia José Riva ser preso no dia 21 de fevereiro durante a Operação Imperador. Hoje é presidido pelo ex-vice-governador Chico Daltro, que “sumiu” após derrota na disputa por uma vaga na Câmara Federal.
Prefeitos, deputados e outras lideranças cobram do presidente da Executiva Nacional, Gilberto Kassab, uma posição quanto ao futuro da sigla. Nos bastidores, entre as opções para comandar o partido no Estado seria Dorner, mas ele enfrenta resistência de uma parte das lideranças, o que inclusive foi discutido no último dia 15, entre filiados durante reunião realizada na Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM).
Outra crítica do vereador é quanto à situação do diretório da Capital. Sem presidente, ele lembra que toda a documentação do diretório está de posse de Zaluir Asaad, que não é mais filiado ao partido. “Ele me ligou comunicando a desfiliação e disse, se você realmente pegar a presidência do PSD pegue comigo a documentação, lista de filiados, etc. Ou seja, a documentação está trancada no escritório de alguém que nem faz parte mais do partido”, desabafa.
Para o social-democrata essa situação é delicada, uma vez que, o prazo para a filiação de interessados em disputar uma eleição no próximo ano vence em setembro. “Nós já estamos entrando no mês de junho. Sem o comando estadual, você não tem um comando municipal. Então eu acho que a direção nacional precisa urgentemente decidir o comando do estado para que possamos replicar nos municípios”, alega.
Mesmo diante dessas incertezas, Toninho afirma que não ter interesse em deixar o partido e antecipa que será candidato à prefeitura da Capital pelo PSD. “Não tenho interesse em deixar o partido, só estou falando tudo isso para justificar o seguinte quando alguém se apresenta para comandar o partido, além de questionar, teria que se apresentar também, não simplesmente questionar. O partido precisa de comando. Então a minha indagação é: quem está questionando quer comandar? Eu vi um interessado, o Dorner”, finaliza.
Fonte: Gabriele Schimanoski e Tarso Nunes /RD News
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