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“Usou o partido para conquistar o mandato e anunciou a saída 60 dias após assumir o Governo. A traição fica registrada na biografia e será usada pelos adversários nas próximas disputas”, prevê.
De acordo com o parlamentar, o governador também foi deselegante ao enviar o chefe da Casa Civil, Paulo Taques, como emissário para protocolar a carta de desfiliação no diretório do PDT de Cuiabá. O documento foi recebido pelo presidente municipal da sigla José Augusto Curvo, o Tampinha.
Após o recebimento, o dirigente comunicou os diretórios estadual e nacional do PDT, para os procedimentos burocráticos oficializando a saída de Taques. “Não teve sequer coragem de comunicar a saída pessoalmente e mandou outra pessoa entregar o documento. É a mesma coisa que acabar o namoro por telefone”, ironiza.
O PDT não pode requerer o mandato de Taques na Justiça. Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece que a Lei da Fidelidade Partidária não se aplica a detentores de cargos majoritários, o que inclui prefeitos, governadores, senadores e presidente da República.
O deputado garante que a saída de Taques ainda não refletiu na militância do partido. Segundo Zeca, até o momento nenhum militante, com ou sem mandato eletivo, acompanhou o governador e comunicou desfiliação. Ele também avalia que com esta desfiliação, os dirigentes ficam mais à vontade para investir na reconstrução do PDT, buscando a filiação de novas lideranças.
“Somos um partido leve, sem manchas. Não é difícil conquistar pessoas que querem ingressar na política com boas intenções”.
Atuação parlamentar
Conforme Zeca Viana, a oficialização da saída de Taques não altera a postura na Assembleia. O pedetista assegura que seguirá fiscalizando e criticando o Executivo, com a mesma firmeza do período em que o governador era correligionário.
“Nunca me pautei pelas divergências com Taques. Meu intuito sempre foi defender o cidadão mato-grossense”, conclui.
Fonte: Jacques Gosch /RD News
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