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Foto: RD News |
No início da tarde desta quinta-feira (20) o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) em cumprimento de um mando de prisão, prendeu a ex- primeira dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, esposa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em um apartamento em um bairro nobre de São Paulo (SP). De acordo com informações repassadas pelo Ministério Público Estadual, outros mandados de prisão estarão sendo cumpridos até o final de semana. E esta ação, segundo o Gaeco é parte da Operação Arqueiro e é presidido pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá Selma Arruda.
A ex-primeira dama e outras 34 pessoas são reus em processo que apura suposto desvio de R$ 8 milhões da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). Na lista do Gaeco também estão o ex-chefe de Gabinete de Silval, Silvio Corrêa, o ex-secretário Jean Estevan Campos Oliveira e o empresário Paulo César Lemes, proprietário dos institutos IDH, Concluir e INDESP que foram utilizados em crimes contra a administração pública e segundo denúncias feitas pelo Ministério Público, várias irregularidades foram identificadas e os Institutos supostamente de fachada foram contratados para a realização de cursos profissionalizantes.
As investigações tiveram inicio das depois da divulgação de erros ridículos em apostilas que foram empregadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo oferecidos pela Setas em diversos municípios. A responsável pela elaboração do material didático possuiu apenas Ensino Médio e confessou em depoimento ter copiado todo conteúdo da internet.
O Ministério Público Estadual denunciou Roseli Barbosa e os ex-secretários por mais de quatro crimes e entre eles a constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção, uso de documento falso, peculato e outros.
O MP também pede os valores subtraídos sejam devolvidos ao Estado e que todos os envolvidos sejam condenados por dano moral coletivo e a suspensão de pagamentos de contratos firmados entre as empresas e a Setas e que as mesmas sejam proibidas de celebrar novos contratos, como também os denunciados tenham seus bens indisponibilizados e os sigilos bancário e fiscal sejam quebrados.
O caso está sob sigilo judicial. A nossa reportagem entrou em contato com o advogado Ulisses Rabaneda, que patrocina a defesa do ex-governador Silval Barbosa, afirmou que ainda não tem conhecimento acerca da prisão da ex-primeira dama Roseli Barbosa.
As prisões fazem parte da deflagração da segunda fase da Operação Arqueiro, denominada “Ouro de Tolo” e é o resultado das investigações complementares efetivadas acerca dos crimes cometidos no âmbito da secretaria estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), quando Roseli foi secretária.
O empresário Paulo Lemes, que topou a delação premiada informou que a ex-primeira dama ficava com 40% da propina paga aos envolvidos neste emaranhado de crimes e ela é apontada como a líder da quadrilha de acordo com o Ministério Público.
Veja no quadro ao lado como funcionava e o papel de cada um na quadrilha liderada por Roseli Barbosa.
Fonte: Marcos Lopes e André Mirth da Silva/Blog Correio de Mato Grosso com Assessoria e Informações do RD News
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