GERAL: Irreverência, presença de famílias e até pedidos de intervenção militar marcam protesto

Foto: Gilberto Leite /RD News

Os cuiabanos foram às ruas pela terceira vez neste ano para manifestarem contra o governo Dilma Rousseff (PT). No protesto realizado hoje (16) à tarde, a estimativa conforme a Polícia Militar é que 14 mil pessoas participaram do ato. Já a organização estipula em 20 mil. A manifestação teve início às 16h nas Praças da República e Alencastro em direção à Praça 8 de abril, em frente ao Choppão.

Na concentração, às 15h30, ainda havia pouca mobilização da população. Este fato, inclusive, foi criticado pelo advogado aposentado Leonel Silvério, 73 anos, que garantiu ter ido a todas as manifestações. Segundo Leonel, é preciso que a população se manifeste neste momento. “Estou decepcionado com o povo cuiabano. Por que deve está contente com a Dilma”, enfatiza o aposentado referindo a pouca mobilização no início.

Foto: Gilberto Leite /RD News

Um dos manifestantes que mais chamou atenção foi Junior Amorim, 46 anos. Ele simbolizou o “enterro da Dilma” com um caixão com a imagem da presidente e do PT. Junior lembra que na Praça Alencastro lutou pelas Diretas Já. Mas que agora o país chegou ao fundo do poço por culpa do PT. “Pregava honestidade com dinheiro público e vendeu a alma ao diabo. Por isso o tridente para provarem do próprio veneno”, sustenta.

Ao longo da caminhada, que durou menos de uma hora, gritos e cartazes contra o PT eram vistos, principalmente, pedindo a saída da presidente Dilma, o combate à corrupção da Petrobras e o alto da inflação. Os coros eram puxados por três trios elétricos ao longo do percurso.

Foto: Gilberto Leite /RD News

Outro que chamou atenção na multidão foi Lindomar Teixeira, 49 anos, que estava vestido de palhaço PP (Povo Palhaço). Entretanto, Lindomar afirma que quem comete palhaçada é o PT. “Venho aqui hoje para que possamos combater a corrupção. Com isso, irá sobrar mais recursos para serem investidos na saúde, educação”, salienta o profissional da área de construção civil.

Ao final da caminhada, em frente à Praça 8 de abril, uma das organizadoras do ato e membro, Alcimar Moretti, afirma que além da manifestação de hoje a população precisa ter costume de acompanhar a população. “Pedimos que as pessoas entrem na página do Congresso Nacional e acompanhem seus candidatos. A gente tem que aprender a participar”, enfatiza.

Membro do Movimento Gigantes Brasileiros, Onésimo Rocha, afirma que existe um projeto de lei , de autoria do MPF, que estipula 10 medidas de combate à corrupção. Segundo ele, uma das medidas é fazer com que o servidor público passe por teste de honestidade. “O funcionário passará por uma situação que ele desconhece. Isso vai testar a sua probidade”, enfatiza o manifestante elencando outras medidas contra lavagem de dinheiro.

Intervenção Militar

O pedido pela intervenção militar era mais tímido em relação aos protestos anteriores, mas ainda se fez presente. O grupo que era composto por crianças exibiam cartazes “Militares Já” e “Militares, quero o Brasil de volta!”. Segundo a professora Camila Previtalle, de 36 anos, a história do país revela que o regime militar só fazia mal aos comunistas. “Entre o pior e o menos ruim eu prefiro ficar com o segundo”, justifica.

Manifestações anteriores

 O ato de deste domingo só ficou atrás da manifestação realizada em março deste ano. Na ocasião, cerca de 40 mil manifestantes foram às ruas da Capital para protestar contra o governo Dilma. O protesto que menos mobilizou pessoas foi o de abril, onde apenas 8 mil participaram da caminhada.

Fonte:Tarso Nunes/ RD News