Fotos: Patrícia Sanches |
Por enquanto, somente
quatro dos 11 integrantes da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional no
período em que Silval Barbosa (PMDB) governou o Estado (2010-2014) passaram
ilesos pela delação premiada do peemedebista. Dos senadores, apenas Jayme
Campos (DEM) não foi citado em situações que configuram corrupção.
Sem
mandato e atuando como secretário de Assuntos Estratégicos na gestão da esposa,
a prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos (DEM), Jayme até brincou com a
situação quando questionado sobre as articulações para as eleições de 2018.
Predisse que a delação de Silval seria um verdadeiro “tsunami”
e recomendou que é preciso aguardar para saber que não estaria preso ou usando
tornozeleira eletrônica antes de definir os candidatos. Seu irmão, o
ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) aparece na delação de Silval. O
peemedebista afirma que o democrata, junto com o então candidato a vice de
Wilson Santos (PSDB) na disputa pelo Governo do Estado, Dilceu Dal Bosco (antes
DEM, hoje PSDB), cobrou propina de R$ 5 milhões para
fazer “corpo mole” na campanha do tucano em 2010, favorecendo sua eleição em
primeiro turno.
Os outros
dois senadores naquele período foram citados na delação de Silval. São eles: o
atual ministro da Agricultura Blairo Maggi (antes PR, hoje PP) e o governador
Pedro Taques (antes PDT, hoje PSDB).
Blairo
aparece em vários episódios descritos por Silval na delação. Chegou a ser
caracterizado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, como chefe de organização criminosa,
que o progressista refuta.
Em relação
a Taques, Silval relata na delação que a campanha do tucano teria sido
abastecida com R$ 4 milhões de propina da JBS.
A informação é negada com veemência pelo governador.
Dois oito
deputados federais que concluíram o mandato em 2014, somente três não foram
citados, pelo menos por enquanto, na delação de Silval. A lista inclui Ságuas
Moraes (PT), Nilson Leitão (PSDB) e Roberto Dorner (PSD).
Ságuas
chegou a ser secretário estadual de Educação na Gestão Silval. Dorner também
era da base do peemedebista. Já Leitão fazia oposição ao ex-governador.
Os outros
cinco deputados federais que concluíram a legislatura passada – o hoje senador
Wellington Fagundes (PR), Carlos Bezerra (PMDB), Júlio Campos (DEM), Valtenir
Pereira (PSB) e Eliene Lima (PSD) foram citados na delação. Os políticos
aparecem em diversos episódios relatados por Silval.
Wellington e Bezerra têm
lugar de destaque nas denúncias de Silval. Enquanto o republicano é acusado de
cobrar propina para execução de obras de infraestrutura, o peemedebista aparece
em episódios relacionados com financiamentos de campanha. Ambos rechaçam os
apontamentos do ex-governador.
Júlio
aparece no caso envolvendo a campanha de Wilson, citado acima. Valtenir teria
cobrado propina para liberação de recursos emergenciais para Colniza. Eliene
aparece em episódio de corrupção relacionado à execução de projeto na
Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec) no período em que foi
titular.
Ságuas e
Dorner eram suplentes. O petista assumiu quando o deputado federal Homero
Pereira (PSD) faleceu em 2013. Dorner foi empossado no mesmo ano após Pedro
Henry (PP) renunciar após ser condenado no escândalo do mensalão e chegou a
passar período na cadeia.
Jacques Gosch/RD News
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