Foto: Gilberto Leite/Rdnews |
O delegado Flávio Stringueta foi designado pelo desembargador Orlando Perri para atuar em dois procedimentos provenientes de "Notitia Criminis" (notícia crime) protocolada pela OAB-MT, envolvendo os grampos realizados pela Polícia Militar e quebras de sigilo.
O magistrado determinou à diretoria geral da Polícia Civil que emita a portaria designando Stringueta delegado especial para o caso. Ele foi o responsável pela Operação Querubim que tramitou na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
A investigação interceptou, com autorização da Justiça, Tatiane Sangalli, suposta ex-amante de Paulo Taques, ex-secretário estadual e chefe da Casa Civil, e a ex-assessora dele, Caroline Mariano dos Santos.
No despacho, Stringueta, na época titular da GCCO, relata que em 25 de março de 2015 recebeu a informação via telefone em que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso na Operação Arca de Noé, deflagrada em 2003, estaria arquitetando ações de vingança contra Taques.
De acordo com a portaria, a interceptação no telefone da servidora da Casa Civil apontou que ela não fez muito uso do celular. Nas vezes em que realizou ligações telefônicas ou recebeu chamadas, tratou de assuntos ligados ao trabalho.
Grampos
O suposto esquema veio à tona após o Fantástico divulgar uma reportagem na qual o promotor Mauro Zaque afirmou que Taques tinha ciência desde 2015 da arapongagem, promovida para obter informações privilegiadas de políticos, jornalistas, servidores e médicos. O governador negou que o ex-secretário tenha entregue os documentos. Citou até mesmo a suspeita de fraude no sistema de protocolo.
Bárbara Sá /RD News
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