Diego Joaquim da Silva Penha, de 4 anos, está internado na UTI do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), se recuperando da segunda cirurgia pela qual passou dentro de um tratamento longo que vem fazendo contra um tumor cerebral, já diagnosticado como câncer.
Na UTI, ele precisa apenas de fraldas (XG) e meias, sabonete e shampoo de glicerina, mas a mãe dele, que é faxineira, não está podendo trabalhar e pede ajuda.
"Ele ganhou tudo isso de uma enfermeira daqui do PS, mas agora ela falou que está apertada e não vai poder me ajudar. Não tenho dinheiro", lamenta a mãe de Diego, Jéssica Loreane da Silva, 26. "Preciso com urgência porque está tudo no finalzinho", apela.
O filho mais novo dela, David, de 2 anos, está com o pai dos meninos e uma cunhada.
Já no PS de Cuiabá ela precisou inclusive cobrar na Justiça, por meio da Defensoria Pública, o direito do menino ser atendido em leito de UTI. "Consegui uma liminar", explica.O drama de Diego começou com fortes dores de cabeça. Ainda muito pequeno, se queixava muito, levando a mãozinha na testa. A mãe o levou várias vezes a médicos que sempre diziam a mesma coisa.
"Não é nada, eles falavam para mim que era coisa boba, mas o menino não ficava bom. Fiz exame de sangue e realmente não deu nada, foi quando percebi que só não tinham olhado a cabecinha dele. A tomografia mostrou o tumor e foi aquela correria", conta Jéssica.
Após diagnóstico a primeira cirurgia foi feita ano passado, para retirada parcial do tumor, e dia 24 de abril, ou seja, há uma semana, ele fez a segunda, para colocação de válvula cerebral, que terá de usar por toda a vida.
"A cabecinha dele não está dando conta sozinha de eliminar os líquidos sem ajuda da válvula", explica Jéssica.
Apesar de tudo, a mãe está com esperança de que o tratamento, ainda que seja longo, termine bem. A biópsia apontou que o câncer está em estágio inicial.
No entanto, os médicos ainda não dão previsão de alta.
"Quando ele sair daqui, vamos precisar voltar de 3 em 3 meses para consultas médicas", explica a mãe, que agora, nessa fase mais difícil, pede ajuda.
Keka Werneck/Gazeta Digital
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