Foto: Gilberto Leite / RD News |
Em discurso emocionado aos correligionários tucanos e aos aliados, o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos reconheceu que não se encontra no melhor momento de popularidade e revelou que chegou a questionar Deus por que seu nome foi escolhido para ser o candidato, dentre tantos outros cogitados ao longo das últimas 24 horas.
“Porque eu, Senhor? O senhor sabe o quanto tenho evitado. Tive uma conversa muito longa e emocional com minha família e disse ao governador: aqui estou, pronto. Sou homem de partido, sou homem de grupo político. Eu não queria entrar, mas agora não quero sair”, discursou e foi fortemente aplaudido pelos presentes na convenção, realizada na sede do PSDB, em Cuiabá, no início da noite desta sexta (5).
O líder de Governo na Assembleia admitiu que foi um erro ter deixado o mandato pela metade em 2010, porém, disse que haverá tempo para explicar tudo o que aconteceu. Acredita que será duramente atacado pelos adversários por esse episódio. “Vão nos cobrar tudo, eu não tenho dúvida disso, mas também vamos ter oportunidade de explicar muitas coisas”, afirma.
Em meio às tantas surpresas que marcaram o último dia de negociações partidárias, Wilson classificou como “inimaginável” o fato de receber o apoio de Mauro Mendes (PSB), atual prefeito da Capital.
Entre as promessas suscitadas por Wilson estão a retomada do Cuiabá Vest a partir de 2017. Wilson prometeu o retorno da Bolsa Universitária e convidar Mauro para inauguração do Pronto Socorro no próximo ano. Além disso, disse que dará continuidade à implementação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ressaltou que é necessário avançar o Programa de Saúde da Família. Por fim, garantiu que a pavimentação asfáltica chegará a bairros que há 30 anos não recebem esse tipo de infraestrutura.
Wilson foi escolhido durante reunião comandada pelo governador Pedro Taques (PSDB), realizada no Palácio Paiaguás, nesta tarde, às vésperas da convenção. Entre os nomes cogitados para disputar a prefeitura, antes da reunião, estavam o do deputado federal Fábio Garcia (PSB) e do empresário e um dos donos do Grupo Gazeta de Comunicação, Dorileo Leal (PSDB).
O escolhido para disputar a vice-prefeitura ao lado de Wilson, vereador Leonardo de Oliveira, que é sobrinho do ex-governador e ex-prefeito de Cuiabá Dante de Oliveira (falecido) falou brevemente. Ele disse que ainda está “desorientado” com a escolha. “Eu estava com a minha campanha montada de vereador para uma reeleição. Mas faço parte de um grupo. Não tem como, numa situação dessa, ficar omisso a um pedido”.
Taques questionou os presentes se uma pessoa que comete um erro pode ser julgada por ele para sempre e teve como resposta um sonoro “não”. “Quando eu escolhi Wilson para ser líder do nosso Governo eu disse a ele que ele havia cometido um erro ao deixar a prefeitura. Será que ele pode ser julgado o resto da vida por esse erro?”, indagou. Nesta linha, disse que não pode deixar Cuiabá “nas mãos de irresponsáveis” por conta desse erro.
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