Foto: Site Acesse Notícias |
Uma assembleia dos profissionais está
marcada para ocorrer nesta quinta-feira (1º) às 18h, na sede da entidade, na rua Barão de Melgaço, em Cuiabá para decidir sobre a deliberação da paralisação geral.
No entanto, segundo o presidente do SEEB, José Guerra, a greve já é dada como certa, pois mais de 80% dos bancários já se manifestaram a favor da paralisação.
“Por isso já estamos informando à população que a partir de terça-feira somente os caixas eletrônicos irão funcionar nas agências”, afirmou.
Os profissionais reivindicam reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários, mais R$ 7.246,82 e piso de R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Eles também cobram melhores condições de trabalho, com o fim das “metas abusivas e do assédio moral”, fim das demissões, mais contratações, mais segurança, entre outros.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste de 5,5%, o que foi considerado "inaceitável" pelo presidente do Sindicato.
“Nenhum dos itens foi atendido. A proposta ficou abaixo da inflação de 9,88% e, com isso, a Fenaban empurra os bancários para a greve. Não há alternativa”, disse José Guerra.
“Essa proposta é inaceitável, diante dos lucros exorbitantes que os bancos têm, ano após ano, com ou sem crise", completou.
Veja quais são as reivindicações do bancários:
- Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
- PLR: 3 salários mais R$7.246,82
- Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação.
Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
- O Comando Nacional protestou veemente contra esta mudança de desenho de campanha salarial apresentada pelos bancos, afirmou o presidente da Contraf-CUT.
Confira a proposta feita pelos bancos:
- Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).
- Piso portaria após 90 dias - R$ 1.321,26.
- Piso escritório após 90 dias - R$ 1.895,25.
- Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
- PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.
- PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.
- Antecipação da PLR : Primeira parcela
Fonte: Thaíza Assunção / Mídia News
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