Por: Lourembergue Alves / Coluna Opinião do Site Mídia News
Tanto que se estende para o indivíduo, inclusive pelo político que, com publicidade, ganha espaço no campo político. Os partidos políticos também se valem dela.
As legislações, aliás, permitem-lhes a propaganda partidária e a política. Esta nada tem a ver com aquela, embora insistentemente siglas e políticos utilizam-se da segunda quando deveria se apresentar à primeira.
Situação que se repetiu na última terça-feira (23/02), com o PT que apresentou oficialmente a sua propaganda partidária (será?). Um vídeo de muito bom gosto do ponto de vista do marketing, porém de conteúdo questionado.
Isso porque a propaganda partidária, segundo a Lei 9.096/1995, tem por finalidade a divulgação dos ideais, programas e propostas das agremiações partidárias - sem mencionar nomes de pretensos candidatos a cargos do Executivo e do Parlamento municipal, estadual e federal.
O vídeo produzido com alta tecnologia e com uma bela coreografia, em um ambiente arejado e musicalizado, com as pessoas alegres. Quase nada, porém, se viu e ouviu a respeito de ideais, programas e propostas.
A maior parte do espaço foi dedicada à defesa do ex-presidente Lula da Silva. Defesa toda norteada pelos termos ‘perseguição‘ e ‘preconceitos‘. Uma vez mais, a agremiação petista e o ex-presidente se valeram da condição de vitima para atrair simpatizantes.
Uma condição que também se transforma em instrumento, com o fim de escamotear as culpas que eles têm sobre o atual quadro de crise econômica do país.
Crise que atinge o bolso de todos - pobres e ricos. Bem mais a imensa maioria dos brasileiros, que cada dia tem diminuído o seu poder de compra, com mais de nove milhões deles hoje desempregados.
Número que tende a aumentar, até por conta da inexistência de qualquer medida que venha brecar o crescimento da inflação e alavancar a economia.
Nada existe, infelizmente, de conteúdo na propaganda ‘partidária‘ do PT. Ainda que se tenham lembrado ganhos sociais conquistados nos últimos anos, graças ao Plano Real (embora ignorado).
Ignorando, assim, as dificuldades financeiras que prendem a população e o país no interior da caverna, sob um cenário de aparência.
Ilusão escondida ao realçar o trabalho e a união de todos para vencerem a crise. Uma crise, vale repetir, que foi atribuída a crise internacional, e não foi provocada por erros dos governos petistas.
Uma vez mais, portanto, a sigla petista se recusa a confessar seus erros (como fazem todas as demais), em plena semana em que completa 36 anos de história.
Recusa-se, igualmente, a responsabilizar os governos petistas pelo atual quadro caótico, e, mais uma vez, o partido não cobra do ex-sindicalista as respostas a um montão de questões suscitadas pelas operações da Polícia Federal e das denúncias do Ministério Público de São Paulo.
O que é uma pena!
Isto significa que o partido político, como todos os demais, é personalizado. O Lula é o PT, e o PT é o Lula. Infelizmente!
* LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e analista político em Cuiabá.
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