Foto: PRB |
Desde a última eleição municipal, em 2012, brasileiros, dê
108 cidades tiveram de voltar às urnas porque os prefeitos eleitos foram
afastados do cargo por irregularidades cometidas durante a campanha. Isso
significa dizer que a Justiça Eleitoral julgou procedentes denúncias de “caixa
2”, abuso do poder econômico e compra de votos, por exemplo.
Esse levantamento, feito por um jornal de circulação
nacional, revelou que, a cada nove dias, um prefeito era removido das suas
funções no Brasil. Casos de corrupção, má gestão e até crimes hediondos, como
pedofilia, não foram considerados nessa pesquisa. Mas até isso existiu em pouco
mais de dois anos e meio.
Esses números revelam uma situação preocupante. Para vencer
a eleição a qualquer custo, candidatos corruptos agem criminosamente comprando
votos, geralmente com dinheiro oriundo de esquemas. São recursos que deveriam
ser empregados na boa gestão das cidades, mas são desviados para bancar
campanhas milionárias.
O cidadão que vende seu voto por um churrasco, um jogo de
futebol ou qualquer benefício particular, como o pagamento de uma conta de luz,
é tão responsável pelos problemas que se sucedem quanto o candidato eleito.
Corrupto e corruptor fazem o mesmo mal à
coletividade e aos interesses sadios da sociedade.
No ano que vem tem eleições municipais. Mais uma vez vamos
para as urnas votar e eleger prefeitos e vereadores. Para mim, é a eleição mais
bonita, uma vez que o cidadão tem o contato direto com aqueles que decidem os
rumos das cidades onde vivemos, pois é nelas que tudo acontece – saúde,
educação, trânsito, etc.
Gostaria que, desde já, você que lê esse artigo refletisse
sobre isso. Não venda seu voto. Não entregue o futuro do seu município nas mãos
de pessoas corruptas. Se o candidato age
inescrupulosamente na hora da eleição, com toda certeza seguirá agindo assim
pelos próximos quatro anos como prefeito. Depois, não adianta reclamar.
Acompanhe o dia a dia da política da sua cidade. Conheça o
atual prefeito, busque informações de mais uma fonte, e vá investigando a vida
daqueles que pretendem se candidatar em 2016.
Avalie os projetos daqueles que tentarão a reeleição e veja
se foram bons para o povo.
Construa sua opinião com elementos sólidos. Quando o cidadão
de bem se ausenta da vida pública, pessoas mal intencionadas fazem a festa. E é
isso que precisamos mudar. Nosso compromisso deve se guiar pelo resgate da
prática da boa política, que foi perdida há algum tempo.
Eu acredito nas pessoas de bem que existem na política. Você
deveria acreditar.
Fonte: Marcos Pereira*
/ Especial para a Folha Universal
*Marcos Pereira é
advogado, especialista em Direito e Processo Penal e também é Presidente
Nacional do PRB
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